O Domingo: ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

Reflexão

Conforme a Tradição da Igreja, a mãe de Jesus, uma vez terminada a sua vida aqui na terra, foi elevada ao céu de CORPO e ALMA. Quer dizer que o corpo dela não sofreu decomposição alguma. O corpo dela transformou-se como aquele do seu Filho na Ressurreição. O dogma da Assunção foi proclamado em 1950, pelo papa Pio XII, nestes termos: “A Imaculada Virgem, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma, à glória celeste”.

Na leitura do Apocalipse, a mulher na narrativa representa a Igreja perseguida pelo Império Romano no tempo do apóstolo e evangelista João, ou seja, simboliza o povo cristão, enquanto o Dragão simboliza o Império pagão. As estrelas simbolizam os 12 apóstolos e as 12 comunidades que são igrejas – 12 igrejas. Este trecho que a Liturgia aplica à pessoa de Maria significa a vitória da Igreja ressequida pelo povo pagão. Maria representa todo o Povo de Deus. Se ela venceu, todos nós, que somos seus filhos, venceremos nela. E qual é a importância para nós, o fato de Maria ter recebido a glorificação do seu corpo? É que Maria é humana igual à nós. Ela não é divina como Jesus (homem e Deus). Então Maria é NOSSA. Ela nos representa na luta pela Glorificação. Porque nós também queremos vencer e conseguir o prêmio da Glória no céu.

Maria ganhou a maior glória que todos nós cristãos almejamos: Desde a glorificação do corpo de Maria Assunta no céu, nós também temos a esperança de ganharmos depois da nossa partida deste mundo um corpo glorioso no céu. Jesus não nos prometeu apenas a imortalidade da alma. Ele nos prometeu a Vida Eterna pela ressurreição do nosso corpo. São Paulo escreveu na sua 1a Carta aos Coríntios: “(nosso) corpo é semeado corruptível, mas ressuscita incorruptível; é semeado desprezível, mas ressuscita glorioso; é semeado na fraqueza, mas ressuscita cheio de força; é semeado corpo animal, mas ressuscita corpo espiritual”. Nós pertencemos a Cristo! Ainda segundo Paulo, “se Cristo ressuscitou, nós também ressuscitaremos”, e ele acrescenta: “com um corpo espiritual” – que quer dizer Corpo glorioso. (1 Cr. 15,4244).

A mãe de Jesus, Maria, já foi glorificada. O seu MAGNIFICAT é um hino de vitória: “A minha alma engrandece o Senhor e exulta meu espírito em Deus, meu Salvador; porque olhou para a humildade de sua serva, doravante as gerações hão de chamar-me de bendita. O Poderoso fez em mim maravilhas e Santo é o seu nome! Seu amor para sempre se estende sobre aqueles que o temem; manifesta o poder de seu braço, dispersa os soberbos; derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes”. Esses humildes são os rebaixados, pobres, que ficam elevados pela Graça de Deus.

Esse Hino de Glória agora é nosso. Maria, nossa representante, é uma campeã. Ela, como seu Filho Jesus, venceu a morte. O seu Hino de Vitória e de Glória tornou-se o Hino Universal dos cristãos em todas as nações em que existem discípulos de Jesus Cristo. É claro que tudo isso aconteceu pela Graça de seu filho, o Vencedor da Cruz, do Pecado e da Morte.

Maria não é uma deusa, mas ela é cheia de Graça pela Vida do seu filho Jesus. Maria é também a nossa mãe desde o dia em que Jesus, do alto da cruz, deu-a a todos nós quando disse a João: “Essa é tua mãe”. João ao pé da cruz representava a todos nós. Sua Glorificação no céu nos glorifica também! No céu ganharemos um corpo espiritual como escreveu São Paulo na carta aos Coríntios.

Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores agora e na hora da nossa Páscoa. Amém.


 Pe. Lourenço, CSC

 

 

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